Radio Jovem7

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

OS POVOS BÁRBAROS E O MUNDO CRISTÃO



Pelo ano 400, os cidadãos do Império Romano sentiam-se parte da mais formidável, segura e sagrada estrutura política. Alguns julgavam até que o Império era o equivalente terreno do Reino de Deus. Nada poderia ser mais fascinante e abençoa do que um Império governado por um imperador cristão e não somente cristão: um Imperador protetor e preocupado com a fé de seus súditos.


Mas, era ilusão: havia já trezentos anos que o Império entrara em decadência. Os povos germânicos pressionavam as fronteiras. O exército, que abrigava mercenários, não era mais a formidável estrutura protetora e garantia da ordem.

A decadência começara quando Constantino mudou a sede do Império para Constantinopla, na Ásia, deixando Roma abandonada. Em 395, Teodósio dividira o Império entre seus filhos, criando um Império Ocidental e outro Oriental.

Povos asiáticos e europeus sonhavam em morar no território imperial: a fama, a cultura romana, as terras férteis, tudo atraía esses povos chamados de "bárbaros" porque não romanos. Alguns deles: ostrogodos, visigodos, borgúndios, francos, anglos, saxões, eslavos, húngaros, búlgaros, hunos, etc.
Em 410, o visigodo Alarico tomou e saqueou Roma. Os cristãos ficaram perturbados: seria o fim da Igreja? Por que Pedro e Paulo não protegeram Roma? Por que tantas vítimas entre crianças, virgens consagradas e monges! Haveria ainda alguma esperança para o Cristianismo ?

Em 430, o norte da África está assediado, prestes a cair. Agostinho, o grande romano, morre numa Hipona cercada. A Bretanha cristã é assaltada pelos anglos e saxões e praticamente desaparece lá a fé cristã.

Em 452, o huno Átila ameaça tomar e saquear Roma. O papa Leão Magno corajosamente dirige-se ao seu encontro pedindo clemência. Foi atendido.
 
Em 476, Odoacro, rei dos hérulos, conquista Roma. Os bárbaros ocupam o trono do Ocidente cristão. E guerrearão entre si para o controle e domínio do espólio imperial. Havia bárbaros pagãos e bárbaros arianos, como os germanos. Desafio duplo para a Igreja.

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